sábado, 20 de novembro de 2010

Um ato de fé!




Condensar a emoção que lhe apossou a alma e transformá-la em verbos que possam torná-la perceptíveis aos nossos sentidos, não é tarefa das mais fáceis.
Por isso rogo-lhes desde o início, que deixem de lado tudo aquilo que busca torná-los presos a matéria e permitam-se acompanhar os passos dessa caminhada munidos apenas da essência divina que lateja dentro de vossos corações...
Permitam-se serem novamente tocados pelos sonhos que florearam vossa infância.
Ornamentem vossa alma com as luzes que tanto invocam da espiritualidade e quando adentrarem esse portal, evoquem a pureza e deixem-se guiar pelos deslumbrantes caminhos do Amor.
Doravante, tenham fé, pois, através dela ,ela conseguiu inebriar-se nessa experiência concedida pelo seu ato de Fé...

Aproximava-se a hora do seu repouso.
Ao deitar-se, clamou à energia divina que a permitisse encontrar-se , durante o desdobramento, com um amigo , que muito admirava e via nos olhos do mesmo, o brilho dos que esperam novamente acreditar no amor.
De olhos cerrados, entregou-se nas mãos de Xangô e Oxum, e questionou-se , se estaria em condições de emanar energias a quem quer que fosse e se agia com devoção.
Esperava encontrar-lhe em sonhos , mas assim que abriu os olhos, o viu.
Ela havia sido transportada até ele, que naquele instante estava adormecido.
Ao seu redor, homens formavam um círculo de proteção.
Todos vestiam capas negras e não lhe foi possível vislumbrar-lhes a face.
Captou somente a energia que deles emanava, e soube, sem que fosse necessária a palavra, que ali estavam para o velar.
Em momento algum, seus olhos se cruzaram, mas em seu íntimo ela sabia, que se ali estava, eles haviam permitido.
Em outras situações , ela os saudaria, mas naquele instante eles a saudaram, rebaixaram levemente a fronte em direção ao peito, em sinal de mútuo respeito.
Ao aproximar-se do leito, ficou a observá-lo.
O amigo , de porte consistente e de palavras valentes mantinha a expressão serena e emanava uma franca inocência.
O desejo de poder acariar-lhe a face e embalá-lo em seus braços a tomou de imediato.
Ela então que julgava-se uma frágil mulher, viu-se , pela primeira vez, firme e resoluta. Levou a destra em direção a fronte do amigo, que permanecia imóvel.
O único som perceptível no ambiente, era o da respiração daquele homem menino , que apresentava-se mais belo que antes.
No instante em que foi invadida pela vontade de retribuir ao caro amigo, o que a vida havia-lhe retirado, sua mão iluminou-se , e raios dourados dali brotaram em direção a ele.
Adentraram pela sua fronte , e em pouco tempo, iluminaram todo o corpo.
A mulher que até então sentia seu corpo constituído de uma sutil matéria translúcida, recebendo do alto intensa luz, viu-se formada por uma energia também dourada...Ee o corpo de seu amigo elevou-se do leito, quando foi atingido pela intensidade desses raios divinos.
O ambiente todo que encontrava-se às escuras foi tomado pela luz e clareou-se.
A luz , abrangeu o círculo dos homens que continuavam a observá-los imóveis.
Suas capas negras reluziam um azul, que definirei como azul petróleo, e esse azul , uniu-se a luz dourada aumentando a magia inexprimível que ali ocorria.
As sombras ficaram contidas por detrás daquelas capas, que tal como uma muralha, formavam um círculo energético, e não permitiam que o atravessassem.
E então, como se não houvessem surpresas bastantes, a mulher viu sentado, ao seu lado, seu amigo, um homem.
O único do qual teve a oportunidade de vislumbrar a face, e o corpo.
Sentava-se em uma espécie de rocha, com o corpo desnudo e os pés sentindo as vibrações do solo. Ao seu redor viam-se pequenas plantas com resquício de água...Talvez vinda das chuvas, ou quem sabe de uma cachoeira.
Ele era moreno, e seus olhos, à primeira vista negros, tornaram-se amarelos quando encontraram os dela.
Com o corpo arqueado, ele a fitou.
E petrificada com a intensidade daquele olhar, que mostrava sabedoria, força, lealdade, coragem, justiça, honra...E tantas coisas mais, das quais eu não disponho de palavras para descrever, ela não pode perceber que deixou aquele ambiente.
Guardou a expressão do olhar, e o cavanhaque que o mesmo ostentava em seu queixo...( Talvez cavanhaque não seja o termo mais adequado , mas a descrição foi confusa, e não encontrei palavra melhor que coubesse ao tipo de barba que ele usava).
Quando tornou-se novamente consciente, o que me consta, ter sido segundos depois, ela já encontrava-se em seu corpo físico.
E, ao abrir os olhos, ele, o homem dos olhos amarelos, estava ao seu lado.
Desta vez não havia rocha, apresentou-se em riste, e apesar, da mesma face, seu corpo havia sido coberto por uma linda capa, e em suas mãos, segurava uma espada, uma espada que refletia a mesma cor amarelada que seus olhos apresentavam.
E ela então, finalmente adormeceu...
Assim como eu, desconhece o que se passou.
Teve sonhos que talvez me permita contar-lhes em outra ocasião.
Mas foram sonhos que todas as mulheres que ofertaram seu coração a um homem, já tiveram a glória de vivenciar.

Ao tomar ciencia dessa experiência, compreendi que nem sempre temos o conhecimento de quem realmente somos, e que, quando nos permitimos sermos servidores da espiritualidade, e agimos baseados nos propósitos divinos, podemos ser agraciados com uma pequena dosagem do que existe , e não somos capazes de captar.
E, me recordei que aqueles que aos nossos olhos se mostram fortes, seguros e dispostos a sempre nos ofertar, também necessitam de afeto.
Tenhamos em mente, que somos todos iguais perante Nosso Pai, temos todos o que doar.
Que possamos enxergar nos olhos de nossos queridos irmãos, não somente a nossa imagem refletida, mas também os anseios que eles trazem em suas almas.
Se dividirmos o que temos em demasia, uns com os outros, jamais nos esgotaremos.
Será uma extasiante troca de energias, e encontraremos o equilíbrio, necessário para que possamos evoluir...
Tantas vezes temos a benção de receber, não nos esqueçamos jamais que "é dando, que se recebe".
E quão sublime é, quando doamos sem esperar nada em troca, quando doamos sem que tenham que nos suplicar, quando abrimos nossas mentes para receber os sinais divinos que nossos semelhantes emitem a todo instante.
Não somos completos...
Mas nos unindo quem sabe, poderemos ser , menos vazios.

Nara Calachi

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CERTEZA!





Acreditem, pois o tempo do astral é diferente do nosso!
Mantenha sua integridade e a luz em seu espírito, pois o caos chega ao seu tempo, para levar ordem a seres que vivem a desordem.
Que assim seja e assim será!


Guto Corso

domingo, 14 de novembro de 2010

FOGO PURIFICADOR




Preso na penumbra da sua (in)consciência
Está o verdadeiro fato que te compele
A ser lança, dragão e serpente.
Sua língua como flecha de aço.
Tua saliva é mar de fogo incandescente,
Quando iludes o tolo, ris da inocência.
Mas quem vem de outras trevas
Enxerga o mortuário que é teu pensamento.
Tens um dom: o de parecer acreditar
Nas mentiras que pregas, filho do Engodo.
Quando não tem mais como se debater
As persuasões são tuas irmãs salvadoras.
Diriges um teatro de crédulos bonecos
Mas sinta: alguém te assiste pasmo!
E como expectador, incendiará
Teu demoníaco circo de fantoches
Não contes sofismas para o sagaz; pois,
Quando se sabe seguir uma linha de
Raciocínio, e não se teme a psicose do outro,
Cuidado! É o fogo!
Seus dedos maquiavélicos poderão
Ser cortados por alguém que ainda crê
Na justiça de Deus, na justiça do povo!

ELISA MARIA GASPARINI TORRES

sábado, 13 de novembro de 2010

Vontade!





Admiro e tenho prazer de ter junto a mim, pessoas que não são santas e muito menos demonios. Pessoas que caem, levantam, choram e gritam; pessoas que não carregam as mascaras da decadência e da vulgaridade da vida mentirosa. Pessoas que tem vontade de tentar e mudar o ciclo do caminhar equivocado, que nós mesmo criamos.
Pessoas como eu, como vc, como todos os encarnados; pessoas que se permitem despertar e seguir adiante, sabendo o quanto de dor isso causa.

Guto Corso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um viva!!




Um beijo aos meus queridos ancestrais, que já se foram e que por misericórdia divina, hoje, estou encarnado tendo a possibilidade de me equilibrar e angariar os verdadeiros preceitos da vida, continua e eterna que se da no plano espiritual. Um Salve aos meus antepassados, um salve a vida no plano espiritual que aqui na terra chamamos de morte.

Guto Corso